sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O caso de Errolflynn (Dossiê nº 003)

Lane Valiengo

                Como se o mundo precisasse disso, e como se um nome desse já não fosse um grande escândalo, Errolflynn Paixão foi preso pela Polícia Federal, envolvido na Operação Voucher, no Amapá, como um dos acusados nos escândalos de  superfaturamento dentro do Ministério de Turismo.
                O Errolflynn brasileiro nasceu em 1955. Naquela época, o Errol Flynn americano era um grande astro do cinema de Hollywood, embora muitos afirmassem que ele era uma estrela, no feminino, com toda razão, pois tempos depois constatou-se que o grande herói e galã, o machão das telas, era um homossexual que ainda não havia aberto a porta do armário.
                Isso não impediu que fosse o “mocinho” de grandes sucessos como “As aventuras de Robin Hood”, “Capitão Blood”, “O Gavião do Mar”, “Um punhado de bravos” e “O intrépido General Custer”. Representava o ideal americano do homem valente, corajoso, vejam só...
                O filho do senhor Paixão, por sua vez, representa o ícone de uma certa classe brasileira de saqueadores do dinheiro público. Não há nada de heróico nisso, convenhamos.
Ficou famoso, porém, como sócio de empresas fantasmas utilizadas para se apossar de polpudas verbas públicas.

                Conclusão: A ele não foi dado o direito de ter um nome adequado.
       
                Bem feito para ele.

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