Gerson Martins
Uma das vítimas do baixo nível cultural e da surdez até dos escrivães e tabeliães de cartório, ao consignar o nome dos cidadãos perante o registro civil foi o ex-deputado Federal e hoje advogado Gastone Righi.
Ao nascer, seu velho pai, italiano e imigrante que exercia suas atividades profissionais no Porto de Santos, dirigiu-se emocionado ao Cartório para registrar seu primeiro filho.
Seu linguajar era produto de sotaque da “Ilha da Sardenha”, italianado, sonoro, mas com algum sotaque já modificado aqui no Brasil.
Entre a emoção e a responsabilidade de escolher um nome para o primogênito, ainda mais se atrapalhou no idioma brasileiro.
Foi vítima então da incompreensão do cartorário que não soube, não quis, escutar com clareza o nome que o imigrante italiano queria dar ao filho.
Aos 30 de abril de 1936, o 1º Tabelião de Santos fez constar o nome do robusto menino que na pia batismal receberá o nome de Gastão Henrique.
Entre o idioma atravessado do Sr. Giuseppe Cuoghi, pai de Gastone e a pouca atenção dada pelo cartorário, ali foi lançado – Gastone Righi – ao invés de Gastão Henrique Cuoghi.
Righi virou sobrenome.
Gastão Henrique, passou a ser Gastone Righi, nome que acompanha há várias décadas.
Mais atenção Srs. Tabeliães e Cartorários. Vamos ouvir com atenção o que diz o povo.
Vamos evitar o bullying.
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